segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A Caverna do Diabo

Localizada próxima ao município de Eldorado, a 260 quilômetros da cidade de São Paulo, a Caverna do Diabo é a maior caverna do estado de São Paulo e uma das maiores do Brasil. São 6.300 metros de extensão dos quais apenas setecentos metros podem ser visitados pelo público.
O acesso à caverna é por escadas com corrimãos, há passarelas que facilitam o deslocamento assim como a iluminação artificial que é monitorada pelos guias. Toda a estrutura dentro da caverna foi construída especialmente para receber visitantes de qualquer idade.
Os visitantes são divididos em grupos de no máximo 20 pessoas e para entrar na caverna é preciso estar acompanhado por um guia credenciado. O horário da visita precisa ser agendado e o ingresso custa R$20,00 por pessoa. Diariamente é permitido a entrada de no máximo 336 pessoas.
Estive na Caverna do Diabo pela primeira vez em 1988 quando era estudante do Colégio Positivo em Curitiba. Retornei nos anos 90 quando a caverna tinha uma estrutura rudimentar, era bastante iluminada e não havia qualquer controle do número de visitantes.
Ontem, 24 de novembro de 2013, visitei novamente a Caverna do Diabo.
Logo na entrada, andando entre as estalactites, estalagmites, cortinas e cascatas de pedras encontrei uma teia de aranha. O guia Gabriel explicou que a luz artificial da caverna atrai os insetos e por isso as aranhas conseguem sobreviver dentro da caverna.
Acredita-se que a caverna foi descoberta há mais de um século por escravos que fugiram dos quilombos da região. Oficialmente a descoberta, em 1891, foi atribuída a Richard Krone. Cercada de lendas e mistérios a Caverna do Diabo guarda tantos segredos quanta a beleza das suas formações.
O salão principal é chamado de catedral e as toneladas de terra no seu centro é o altar. Dizem que o Diabo vive nas profundezas da caverna sempre se escondendo na escuridão dos labirintos ou aterrorizando aqueles que se aventuram importuná-lo. Durante a nossa visita, quando estávamos num salão próximo a catedral, o nosso guia apagou as luzes do salão. O silêncio era cortado apenas pela delicadeza do gotejar, que ao tocar as formações milenares, parecia nos lembrar que naquele mundo subterrâneo a grandiosidade da natureza e a paz reinavam soberanas.
 

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